Um recurso virtual com tecnologia catarinense é a aposta do Conselho
Nacional de Trânsito (Contran) no combate a uma ameaça real à vida dos
brasileiros: os acidentes de trânsito. Simuladores de direção veiculares
devem estar em operação nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) de
todo o país até o dia 31 de dezembro, como estipula a resolução 444 do
Contran. Para futuros motoristas, a medida pode trazer mudanças na
formação e no bolso.
Como nas aulas práticas, o aluno será orientado a dirigir com calma. A
diferença é que a desobediência ao instrutor não vai causar um arranhão
sequer. O objetivo é, de forma segura, complementar a aprendizagem. No
aparelho, são requeridas as mesmas reações que seriam exigidas nas ruas,
como atenção à criança atravessando a rua. Protótipo criado na UFSC
O protótipo que deu origem ao simulador foi desenvolvido em 2009, em uma
parceria entre Denatran e Fundação Certi, da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC).
- Verificamos critérios fundamentais para a melhora da percepção de
risco por parte do futuro condutor - afirma o professor da UFSC Rodrigo
de Souza Vieira.
As aulas
1 - Depois das teóricas e antes das práticas. No total, serão cinco aulas de 30 minutos.
2 - As aulas seguem módulos de instruções básicas a condições adversas
nas vias. Os instrutores podem mudar aspectos, como acrescentar neblina
ou chuva nos cenários.
3 - No final da aula é emitida uma lista com as infrações cometidas,
como setas não acionadas. Os dados não influenciarão na aprovação do
aluno, mas as informações caem no sistema do Detran de cada Estado.
Cenários
Devem se aproximar da realidade das vias, mas não podem ser cenas reais e
nem reproduzir trechos de uma cidade específica. Algumas situações:
aclives e declives, curvas e estacionamento.
Na mesma via
Há a possibilidade de que alunos em aula ao mesmo tempo encontrem os
carros dos colegas no cenário. Seria como fazer o treinamento com
veículos da mesma ou de outras autoescolas.
Quem vai usar
Os alunos que iniciarem o processo para CNH de categoria B (carro) a
partir de 1º de janeiro.
Funcionamento
Como veículo normal. É necessário colocar o cinto, ajustar espelhos e
dar partida. Se tirar o pé da embreagem muito rápido, o carro apaga.
O preço
Pode custar até R$ 38 mil para o CFC. É necessária ainda licença,
suporte e manutenção mensais do equipamento, que saem por até R$ 1.670.
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