A
atriz Carolina Dieckmann chegou à Delegacia de Repressão aos Crimes de
Informática (DRCI), no Centro, por volta das 9h00 desta segunda-feira. A
artista será ouvida sobre o caso do vazamento de fotos em que ela
aparece nua num site pornográfico. Ela chegou à distrital acompanhada do
marido, Tiago Worcman, e não falou com a imprensa.

Atriz chega à delegacia | Foto: Ag. News
O advogado
da atriz, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, informou que já
entrou em contato com o departamento jurídico do site na Inglaterra —
que divulgou as primeiras imagens —, solicitando formalmente a retirada
das fotografias do ar.
“As
fotos continuam no site. Eles se comprometeram a retirá-las se ficar
comprovado que as imagens são de Carolina. Vamos mostrar, através de
notícias de jornais, o prejuízo à imagem dela no Brasil”, disse o
advogado, que hoje acompanhará a atriz à Delegacia de Repressão aos
Crimes de Informática (DRCI), para registrar a ocorrência.
COMPUTADOR NO CONSERTO
Carolina
foi vista beste domingo pela primeira vez depois que as fotos vazaram,
em um posto de gasolina no Leblon, em seu carro. As 36 imagens da
artista, algumas com ela completamente nua, estavam no computador
portátil, que sofreu pane há dois meses e foi levado para assistência
técnica.
O advogado preferiu não apontar suspeitos. “Vamos deixar que a polícia chegue ao responsável através do inquérito”, diz Kakay.
O advogado
elogiou a atitude da atriz, que não cedeu à chantagem e enfrentou o
risco da exposição de sua intimidade. Há um mês, Carolina recebeu um
e-mail com exigência de R$ 10 mil para não divulgar o material.
“Expuseram até o filho, o que é mais grave ainda. Ela tem se portado de
maneira muito digna”, diz.
Kakay
afirmou que pretende entrar nesta segunda com duas ações na Justiça. Uma
inibitória, com aplicação de multas diárias para sites que mantiverem
imagens da atriz no ar. E outra, criminal, para penalizar os
responsáveis que fizeram cópias das fotografias que estavam no
computador de Carolina e divulgaram-nas na Internet.
Denúncias de crimes na rede crescem 40%
Denúncias de
crimes na Internet, envolvendo a divulgação de fotos, vídeos e textos
proibidos pela legislação brasileira, aumentaram 40% no mês passado em
relação ao mesmo período de 2011. Subiram de 3.310 denúncias, contra
4.632, segundo estatísticas da Safernet Brasil.
Para o
especialista em segurança virtual Rodrigo Nejm, vítimas de crimes
cibernéticos podem solicitar a retirada de sites do ar. “O problema é
que, até conseguir isso, outras pessoas podem ter feito cópias do
conteúdo”, diz ele.
Diretor
de Prevenção da Safernet, ele afirma que é preciso ter cuidado com o
que vai para a rede, que funciona como uma imenso outdoor. “O nosso
comportamento na Internet deve ser baseado em uma conduta de muita
responsabilidade”, defende Rodrigo Nejm.
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