
No ano passado, de 222 processos julgados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), referente às contas das prefeituras paraibanas, verificou-se que 24 municípios aplicaram em saúde um percentual inferior aos 15% da receita corrente líquida estabelecido pela Constituição Federal.
Em todos os casos, a irregularidade gerou emissão de parecer contrário à aprovação das contas dos gestores. O menor percentual foi aplicado pela Prefeitura de Santa Inês, que no exercício de 2011 destinou apenas 4,8% da receita corrente líquida do município para despesas com a saúde pública.
Outros municípios que investiram índice inferior aos 15% em saúde são: Matinhas (14,10%), Monte Horebe (14,13%), Carrapateira (13,06%), Marizópolis (13,29%), Imaculada (12,78%), Uiraúna (14,04%), Joca Claudino (12,40%), Curral de Cima (14,92%), Barra de São Miguel (12,69%), Gurjão (14,82%), Puxinanã (13,40%), Sapé (12,49%), São Miguel de Taipu, em 2010 (14,07%), Serra Redonda (14,91%).
No entanto, o julgamento das contas mostrou que 42 prefeituras paraibanas ultrapassaram os 15% de investimentos em saúde exigidos constitucionalmente. O maior percentual foi aplicado pela prefeitura de Gurinhém, que comprometeu 32,53% de sua receita corrente líquida com a saúde pública. Em seguida aparece o município de Livramento com 22,87% de investimentos em saúde. Dos processos julgados, 19 prefeituras ficaram no patamar dos 15% de investimentos na saúde, enquanto em 137 casos os gastos com saúde não foram divulgados.
O conselheiro do TCE, André Carlo Torres explicou que a orientação da presidência do órgão é para que o tema seja analisado com acuidade pelos conselheiros. Conforme o conselheiro, quando o município não atinge o índice mínimo de despesa com saúde, acaba gerando uma irregularidade, o que enseja emissão de parecer contrário à aprovação das contas.
Da Redação com Jornal da Paraíba
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