Setor calçadista da PB é o segundo maior exportador do país, diz Sebrae

Setor cresce 10% ao ano no estado e emprega mais de 25 mil pessoas.
Senai oferece cursos de capacitação gratuitos na área.

Do G1 PB, com informações da TV Paraíba

O estado da Paraíba foi apontado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) como o segundo maior exportador de calçados do país. De acordo com os dados do Sebrae, o estado é o terceiro maior produtor do Brasil, e o setor cresce cerca de 10% ao ano, empregando mais de 25 mil pessoas.
A pesquisa feita pelo Sebrae mostra que João Pessoa é a cidade que mais produz calçados na Paraíba, e o município de Campina Grande é responsável por 90% das exportações do setor. Para suprimir a demanda, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no município está oferecendo cursos gratuitos para capacitar alunos e formar mão-de-obra para atuar no setor.

Os alunos estão inseridos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Governo Federal. O programa paga uma bolsa de R$ 8 por dia letivo.
Parte dos alunos são cadastrados no Programa Fome Zero, com inscrições feitas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). A outra parte dos estudantes são alunos do ensino médio de escolas públicas, que podem se inscrever na 3ª Região de Ensino.
De acordo Anderson Lins, coordenador de Educação Profissional do Centro de Tecnologia do Couro e do Calçado do Senai (CTCC), o objetivo do Pronatec é capacitar as pessoas e preparar mão-de-obra qualificada para o mercado de trabalho. “O setor calçadista conta muito com o trabalho em equipe, e por meio dos cursos, os alunos aprendem como trabalhar através de células, que abrangem todo o processo de confecção de calçados”, disse Anderson.
O coordenador explica que no CTCC, existem 20 cursos diferentes que formam cerca de 2 mil alunos anualmente. Os estudantes passam por um processo teórico em sala de aula e na etapa final do curso aprendem na prática a confeccionar os calçados em uma fábrica modelo. “Com esta preparação, 75% dos alunos egressos conseguem entrar no mercado de trabalho”, completou Anderson Lins.