Policiais militares e bombeiros do Rio Grande do Norte realizaram uma
manifestação nas ruas de Natal na manhã de ontem sexta-feira (23). O ato em
busca de valorização profissional e melhores condições de trabalho foi
intitulado “Dia de Nacional de Mobilização”, e também ocorreu em alusão
ao Dia do Soldado, comemorado em 25 de agosto.
Cerca de 300 pessoas se concentraram em frente em frente ao Clube
Tiradentes, no bairro do Alecrim e decidiram seguir até a sede da
Governadoria, em Lagoa Nova. Os praças potiguares cobram o andamento de
um projeto de lei que trata sobre a promoção da categoria, que segundo
eles foi entregue ao Governo no início do ano, mas se encontra parado.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do RN
(ACS-PMRN), uma das entidades que organizou o movimento, soldado
Roberto Campos, explica que atualmente existem cerca de 9 mil soldados
militares sem perspectiva de aumento ou promoção.
“O último concurso para promoção a cabo foi realizado há 12 anos e para
mudança de cabo para sargento há 16 anos. Nós temos na Polícia Militar
centenas de soldados que estão há 30 anos sem promoção”, conta o soldado
Campos.
Além disso, o índice de desistência da carreira é elevado. Somente em
2013, mais de 40 policiais pediram desligamento da corporação por
vontade própria. "Nós também enfrentamos problemas como diárias
atrasadas e o pagamento das férias foram suspensas", acrescentou o
presidente da ACS-PMRN.
Outros problemas citados pelos praças é falta de condições de trabalho
sem coletes a prova de balas suficientes ,combustível limitado para as
viaturas de policiamento e munição reduzida para o soldado.
Os militares pedem uma audiência com a governadora Rosalba Ciarlini
(DEM) para tratar do projeto. Eles cogitaram não desfilar no dia 7 de
setembro caso a chefe do Executivo potiguar não os receba até pelo menos
5 de setembro.
JC
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