A manifestação teve início por volta das 19h, no vão livre do Masp, na av. Paulista. Após a concentração, a marcha se deslocou por ruas dos bairros da Bela Vista, na região central de São Paulo, voltou à avenida onde o protesto teve início, desceu a av. Brigadeiro Luis Antônio e chegou à Assembleia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital paulista, por volta das 21h50.
Às 22h10, os manifestantes entraram em confronto com PMs da Força Tática que faziam um cordão de isolamento na entrada do prédio.
Alguns dos participantes chutaram escudos dos policiais, que responderam com o uso de spray de pimenta e golpes de cassetetes para dispersar os que tentam invadir a Assembleia Legislativa. Além disso, os PMs lançaram uma bomba de gás lacrimogêneo contra por volta das 22h15. Em resposta, os manifestantes atiraram pedras, cones e uma placa de ferro contra os policiais.
Durante o tumulto, um dos manifestantes, que não foi identificado, sofreu um corte no rosto, sangrou bastante e foi levado no porta-malas de um carro da PM. O coronel Ben-Hur Araújo Junqueira Neto disse que ele sofreu um corte no supercílio e foi levado ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas para receber tratamento médico. Em seguida, ele seria levado a um distrito policial já que, segundo o coronel, o manifestante tentou agredir um PM da Força Tática.
2.ago.2013
- Manifestantes protestam no Monumento às Bandeiras, próximo ao parque
do Ibirapuera em São Paulo. O protesto é contra o governador de São
Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e em solidariedade aos manifestantes do Rio
de Janeiro que buscam o impeachment do governador Sergio Cabral (PMDB)
Miguel Schincariol/AFP
Também ficaram feridos André Carvalho, 21, estudante de letras, que sofreu um corte na cabeça --Carvalho disse que o ferimento foi provocado pelo cassetete de um PM que estava no cordão de isolamento; e um policial, o tenente William Thomaz, que foi ferido no braço, após receber um soco de um manifestante.
Carvalho disse pediu o atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas, após mais de uma hora de espera, o socorro ainda não havia chegado. Quem prestou o primeiro atendimento a Carvalho foram voluntários do GAPP (Grupo de Apoio ao Protesto Popular).
Já o tenente foi atendido por uma unidade do Samu e levado a um hospital pois havia suspeita de fratura do braço.
Uma equipe da "TV Globo" teve de deixar o protesto por volta das 22h35, após ser ameaçada por manifestantes, que chegaram a empurrar um repórter.
"CURA
GAY" SAI DA PAUTA: No dia 2 de julho, a Câmara dos Deputados retirou de
pauta, durante reunião de lideranças partidárias, a proposta batizada
de "cura gay", do deputado João Campos (PSDB-GO). Pelo Twitter, o
deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de
Direitos Humanos, afirmou que a proposta foi inviabilizada após o PSDB
ter se declarado contrário à medida . Reynaldo Vasconcelos/Futura Press
PM usa spray de pimenta
Quando o protesto passava pela rua dos Belgas, na Bela Vista, a PM lançou gás de pimenta contra os manifestantes. Houve corre-corre e um princípio de tumulto, mas a situação se acalmou logo na sequência.A mudança de direção do grupo, que deixou uma avenida de duas pistas para entrar em ruas menores, de bairro, foi interpretada como uma tentativa dos manifestantes de escapar do acompanhamento da PM.
"O pessoal mudou de curso, se aproximou da Rocam, e houve esse momento [do uso do gás de pimenta contra os manifestantes]", afirmou o major Genivaldo Antonio, da Polícia Militar.
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