
Radialista F. Gomes, assassinado em 18 de
outubro de 2010. (Foto: Sidney Silva)
O Ministério Público do Rio Grande do Norte se posicionou, nesta
sexta-feira (19), favorável à mudança do local do júri popular de dois
acusados de participação na morte do radialista Francisco Gomes de
Medeiros, o F. Gomes, assassinado a tiros em 18 de outubro de 2010. O
julgamento, marcado para 5 de agosto, foi agendado para acontecer na
cidade de Caicó,
onde aconteceu o crime. Contudo, a defesa de um dos réus entrou com
pedido de desaforamento, requerendo a transferência do julgamento para Natal.
Segundo consta no site do Tribunal de Justiça do RN, a Procuradoria
Geral de Justiça “opina pelo deferimento do pedido de desaforamento de
julgamento”.outubro de 2010. (Foto: Sidney Silva)
Na semana passada, o juiz Luiz Cândido Villaça, titular da Vara Criminal de Caicó, já havia opinado, também, ser favorável que o júri seja realizado na capital. No parecer de Villaça, o magistrado considerou que o clamor social do crime, que chocou Caicó, pode afetar a imparcialidade do corpo de jurados. “No que tange especificamente ao pedido de desaforamento, é inegável que o crime objeto da apuração no processo crime mencionado causa grande clamor social e que é possível – até provável – que o corpo de jurados pode ter sua imparcialidade afetada. Esse fato pode justificar, a propósito de assegurar o interesse da ordem pública e da imparcialidade dos jurados, o desaforamento do presente feito”, opinou o juiz. A família do radialista é contra a mudança.
Apesar de o parecer do juiz e do Ministério Público serem favoráveis ao desaforamento, o Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte só deve julgar o mérito na próxima semana. Contudo, ainda não há data confirmada para a apreciação do pedido.
O pedido de mudança do local de julgamento foi feito pelos advogados do comerciante Lailson Lopes, mais conhecido como ‘Gordo da Rodoviária’, apontado como um dos autores intelectuais do homicídio. Ao lado dele, sentará no banco dos réus o mototaxista João Francisco dos Santos, o ‘Dão’, acusado de ser o executor do crime. Outros quatro acusados de também terem participado como mentores do assassinato ainda aguardam sentença de pronúncia, quando o juiz decidirá se eles também sentarão no banco dos réus ou não.
G1.com /rn
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