
Neste dia foram passadas informações à direção daquela unidade prisional que algumas mulheres poderiam estar entrando com drogas e objetos ilícitos em suas partes íntimas, por este motivo as agentes fizeram uma revista mais criteriosa, principalmente sobre àquelas em que recaiam fundadas suspeitas de que poderiam estar entrando na unidade com tais objetos, o que tem sido inclusive uma determinação da secretaria de estado e administração penitenciária. Acontece que a mulher flagrada com a droga, de nome Liziane, é esposa de uma apenado oriundo da comarca de Sousa-PB, de nome José Carlos Pereira, vulgo Cuscuz.
Um dia após a realização da visita várias pessoas ligaram para uma rádio da cidade de Sousa-PB acusando a direção do presídio de Cajazeiras de tortura, de maus tratos e de cometerem uma série de atos ilícitos, algumas inclusive acusaram o juiz da vara de execuções penais daquela comarca de omissão em relação ao caso.
Um fato interessante é que um preso chegou a ligar pra rádio dizendo que estava ligando de um aparelho telefônico que um agente deu pra ele, não sabendo ele que naquela unidade não é permitido o uso de aparelhos telefônicos por parte dos agentes durante o trabalho e que aquela unidade tem se destacado justamente pelo alto número de aparelhos telefônicos apreendidos mensalmente, durante a ultima apreensão descobriu-se inclusive que algumas pessoas estavam jogando os ditos aparelhos por cima do muro da unidade, aproveitando-se do fato de as guaritas da parte de traz da unidade estarem ainda desativadas.
Durante a visita, algumas mulheres ao perceberem que a revista seria mais criteriosa sobre àquelas em que recaiam fundadas suspeitas, chegaram a recusar-se a realizarem tal procedimento, o que por isso resultou na não permissão de entrada das mesmas para a realização da visita, outras porém aceitaram a revista e entraram sem maiores problemas.
A penitenciária Regional de Cajazeiras é considerada um presídio de segurança máxima no sertão paraibano, e que apesar de ter sido inaugurada com apenas 75% de suas obras, abriga atualmente presos oriundos de várias comarcas da Paraíba, inclusive presos oriundos da comarca de João Pessoa pertencentes a facções criminosas daquela cidade e que foram transferidos durante a ultima rebelião ocorrida no complexo penitenciário PB1/PB2. Os integrantes da direção são todos agentes penitenciários concursados, sendo dois deles pertencentes ao GPOE(Grupo penitenciário de operações especiais) com formação superior em direito e outras áreas afins.
Em contato com o secretario de administração penitenciária, Dr Walber Virgolino, o mesmo afirmou que tem intensificado o combate ao tráfico de drogas e a entrada de materiais ilícitos no âmbito das unidades prisionais do estado o que gerado a insatisfação de alguns apenados e familiares e de alguns órgão ligados aos direitos humanos, mas que porém essas ações devem continuar, sempre é claro pautadas na legalidade e no respeito a dignidade humana. Na manhã da quinta-feira os presos iniciaram uma greve de fome e solicitaram a presença do juiz das execuções penais,porém,a princípio a situação já foi contornada.
Da Redação com Ascom
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