O crime que chocou o município de Apucarana no Paraná parece estar cada
vez mais elucidado. Segundo a polícia local, antes de matar Jéssica
Carline Ananias da Costa, de 22 anos, a mãe e o namorado da vítima se
reuniram em um motel no dia do crime. A polícia afirma que os dois se
encontraram para planejar os detalhes do homicídio que aconteceria pouco
tempo depois. Os dois eram amantes há quatro anos e planejavam fugir
para Rondônia. O crime aconteceu no dia 9 de maio, em Apucarana, no
Paraná, mas o detalhe só foi divulgado nesta terça-feira (28). Segundo a
polícia, o motel fica na cidade de Londrina e os dois ainda foram ao
shopping antes de Célia Forti, 48, ir pegar a neta na escola para deixar
a filha a sós com o marido, o bacharel de Direito Bruno José da Costa,
26. Lá, ele esfaqueou a própria mulher 25 vezes até que ela morresse. O
crime aconteceu no dia 9 na casa do casal, na Rua Nossa Senhora da
Conceição, no bairro Igrejinha, zona sul de Apucarana. Bruno confessou
que a ideia era simular um latrocínio. Célia nega que tenha ajudado a
planejar o assassinato da filha, mas confessa que mantinha um
relacionamento com o genro. Porém, familiares e amigos de Jéssica
afirmam que durante o velório a mãe ficava ao lado do caixão, passa a
mão no rosto da filha, mas não levantava o rosto para encarar as
pessoas. Bruno José da Costa está preso, mas a amante permanece em
liberdade por ter passado o prazo do flagrante.
O assassino tentou simular latrocínio
Na primeira versão apresentada à polícia, o homem relatou que ele e a
mulher haviam sido vítimas de latrocínio. Jéssica foi encontrada morta
por volta das 2 horas no banheiro da residência do casal, que fica na
Rua Nossa Senhora da Conceição, no Jardim Presidente Kennedy. Segundo o
delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), Ítalo Sêga, o corpo da
jovem apresentava 25 perfurações de golpes de faca. Quando a polícia
chegou ao local do crime, Costa disse que havia sido rendido por um
homem encapuzado ao abrir o portão do quintal para sair com o carro da
família. Conforme relato do autônomo, ele e a esposa tinham programado
uma viagem ao Paraguai e sairia de madrugada. Em seguida, o criminoso
teria fugido levando o Fiat Palio da família e algum dinheiro. A versão
de latrocínio não convenceu a Polícia Civil, que submeteu Costa a um
novo interrogatório quando ele acabou confessando o crime. De acordo com
Sêga, após assumir a autoria do homicídio, Costa disse que as brigas
entre o casal eram frequentes. A polícia suspeita que a discussão na
noite do crime tenha sido motivada pela descoberta do caso extraconjugal
do marido por Jéssica. Foram encontradas e apreendidas as duas facas
usadas no crime.
Mãe
A Polícia Civil de Apucarana indiciou a mãe da jovem de 22 anos
assassinada como coautora do crime. Célia Forte, mãe de Jéssica Carline
Ananias da Costa, teria ficado com a neta durante a noite para que o
genro, Bruno José da Costa, cometesse o crime. O assassino também
confessou à polícia que mantinha um relacionamento com a sogra há quatro
anos. De acordo com o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP)
de Apucarana, Ítalo Sega, a participação da mãe da vítima foi confirmada
por depoimentos do autor do crime, “Ele confirmou que a Célia sabia de
tudo. Tanto ela tinha conhecimento do crime que ficou com a filha do
casal para que o Bruno ficasse sozinho com a Jéssica na noite do crime”,
revelou. Célia está em liberdade porque não houve flagrante. Já o
principal suspeito do assassinato está preso. Também estão detidos
Gelson Sabino da Silva e Bruno César Albino. “Eles tiveram participação
direta no crime, levando o carro do casal para que houvesse a
caracterização de latrocínio. Também foram responsáveis por dar um fim
nas roupas sujas de sangue”, disse o delegado.
(Foto: divulgação / Site CGN).
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