
O suboficial Marcos Alexandre Moura Tavares, que atirou no comandante
do Policiamento Metropolitano, coronel PM Wellington Alves, está
afastado das atividades policiais por causa de problema psiquiátrico.
Ele faz parte do grupo de 151 policiais que estão fora do serviço na
Polícia Militar do Rio Grande do Norte para tratamento de saúde de
patologia da mesma natureza.
Diretor geral do Hospital Pedro Germano Filho, o coronel médico
Kleber Cavalcanti informa que de acordo com último boletim expedido em
17 de setembro deste ano, havia 280 praças e oficiais afastados dos
serviços, sendo que 42,4% dos homens estão em tratamento de saúde por
causa de transtornos mentais, o que corresponde pela maior parte das
licenças médicas.
Kleber Cavalcanti disse que o segundo maior motivo de licenças
médicas são patologias da área de ortopedia, com 83 pacientes ou 39,4%
dos casos de afastamento do serviço, “o que é inerente a profissão de
militar,” por causa de ferimentos recebidos em serviço, devido tiros,
pancadas, quedas e acidentes.
Para Cavalcanti, o número de policiais afastados por doenças “é
considerado baixo”, diante de um efetivo atual de 9.600 praças,
suboficiais e oficiais da Polícia Militar do RN, tanto que apenas 46
homens (18,1%) estão de licença por causa de problemas clínicos.
No caso do suboficial Marcos Alexandre Taveira que é lotado no 3º
Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Parnamirim e atirou no superior
hierárquico devido a um surto psicótico, o comandante da PM, coronel
Francisco Canindé de Araújo Silva informou que a junta médica da
corporação o afastou das atividades policiais para tratamento de saúde
já em fevereiro deste ano. Portanto, o subtenente, que é considerado
também “uma vítima” pelo seu comandante, tinha passado pela perícia de
um psiquiatra da equipe multidisciplinar da junta médica, como também já
tinha sido atendido pelo psiquiatra Franklin Capistrano. “O policial
pode ser atendido por qualquer outro profissional”, disse Araújo Silva.
O presidente da junta médica da PM, major Paulo e Eduardo Cavalcanti
que vai se pronunciar depois que conversar com a família de seu
paciente. O subtenente Tavares passou por exame de corpo de delito no
Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) e depois de ficar preso
até pela manha de ontem no Comando do Policiamento Metropolitano, foi
transferido para o Batalhão do BP Choque, em Lagoa Nova. O subtenente
deverá passar por outra da junta médica e e em seguida transferido para
um hospital psiquiátrico.
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