Predestinado, Emerson Sheik decide contra o Boca e dá a sonhada Libertadores ao Corinthians

O dia mais sonhado pelos corintianos e mais temido pelos rivais chegou. Muitos acreditavam que não estariam vivos para presenciar este momento, mas o Corinthians é campeão da Libertadores. Um dos maiores mitos do futebol brasileiro veio abaixo no gramado do Pacaembu na noite desta quarta-feira, quando o predestinado Emerson Sheik deu o primeiro título do Corinthians na história da Libertadores. 

 
 Jogadores do Corinthians recebem a taça Libertadores e comemoram após a vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors no Pacaembu Joel Silva/ Folhapress
Com dois gols no segundo tempo, o atacante selou a vitória por 2 a 0 sobre o multicampeão Boca Juniors e pôs fim a uma longa espera da Fiel Torcida, que agora deixa para trás décadas de gozações de seus maiores rivais e uma lista de traumas na competição.
 
Foi um desfecho do jeito que o “bando de loucos” adora, com sofrimento, suspense e gols de raça. Sheik, que já havia sido herói na vitória sobre o Santos no primeiro jogo da semifinal, fez valer sua aura de talismã, construída com o tricampeonato brasileiro por três equipes diferentes em anos seguidos. Assim, se iguala no coração corintiano a nomes do olimpo alvinegro, como Basílio-1977 e Tupãzinho-1990.
 

Final da Libertadores - Corinthians x Boca Juniors

Emerson Sheik chuta para abrir o placar para o Corinthians na decisão da Libertadores contra o Boca Juniors Leandro Moraes/UOL
Primeiro um gol de pé direito, aproveitando rebote dentro da área do Boca Juniors, depois um golaço arrancando com a bola dominada desde o meio de campo, em repertório que provavelmente elevará Emerson ao patamar dos maiores ídolos da história do Corinthians.  
 
A vitória na final sobre o hexacampeão Boca, de Riquelme e companhia, coroa uma campanha quase perfeita, sem derrotas e apenas quatro gols sofridos em 14 partidas. O técnico Tite montou uma equipe que praticamente não passa sustos, e acaba contemplado com o mais importante troféu do futebol sul-americano. Foi uma trajetória para ninguém contestar, com sucessos no mata-mata em duelos nacionais diante de Vasco e Santos, em noites que o Pacaembu não vai esquecer.
 
O próximo desafio é o Chelsea de Lampard e Ramires, numa projeção de um duelo com os atuais campeões europeus no Mundial da Fifa no Japão, no final do ano. E assim como na trajetória da Libertadores, ninguém duvida que a Fiel estará do outro lado do planeta para cantar e empurrar o time até o fim e que a festa vai se arrastar por todo o segundo semestre.    
 

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