Greve da UFCG/PATOS: comando local emite carta expressando motivo da paralização


CARTA ABERTA À POPULAÇÃO
Os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus de Patos, esclarecem à população o motivo da greve deflagrada desde o dia 17 de maio. Eles lutam pela estruturação da carreira e por melhores condições de trabalho. A adesão massiva dos docentes evidencia o grave cenário em que se encontra o ensino público do país.
A categoria reconhece a expansão do ensino superior nos últimos 12 anos, mas não pode ocultar que a expansão universitária ocorreu sem qualidade, diferentemente do que é noticiado pelo Governo.
A greve é a última alternativa que os professores encontram para impor limites ao desrespeito do Governo, com relação à valorização do trabalho docente. O Governo noticia a inauguração de novas universidades e institutos tecnológicos federais em todo o Brasil, porém não esclarece que isto ocorre com a conseqüente perda da qualidade deste serviço e da precarização das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Na maioria das instituições federais de ensino o que se observa são salas de aulas superlotadas; aulas ministradas em instalações inadequadas; morosidade na contratação de professores efetivos; laboratórios não instalados; falta de bibliotecas; ausência de condições para a permanência estudantil; obras previstas e não iniciadas, interrompidas ou não concluídas; condições de infraestrutura comprometidas por anos de sucateamento.
Os professores lutam, ainda, pela reestruturação do plano de carreira que respeite o caráter próprio do fazer acadêmico e que ofereça à sociedade, além de uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade, o fortalecimento do compromisso com as gerações futuras.
Os professores defendem para reverter o quadro atual das instituições federais de ensino, uma política de investimento imediato de 10% do PIB para a educação pública, com aumento de vagas para estudantes, mas acompanhadas da melhoria da infraestrutura e da contratação de professores, respeitando-se a autonomia universitária.
As reivindicações extrapolam a questão salarial e, juntamente com outras categorias de trabalhadores, o que os professores da UFCG, Campus de Patos e de mais 53 universidades brasileiras lutam, é por condições dignas da sua profissão.
Por isso, neste momento, os professores solicitam a compreensão e o apoio de todos, pois a greve será tão vitoriosa quanto mais apoio tiver da população.
COMANDO LOCAL

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