Dia do Gari: pouco a se comemorar em Patos


Hoje, dia 16 de maio, comemora-se em todo o Brasil o Dia do Gari. O nome gari é uma homenagem a um dos pioneiros dessa profissão e que se destacou na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro - o francês Aleixo Gary. Nos dias atuais, os profissionais preferem ser chamados de Agentes de Limpeza devido à evolução da profissão e o reconhecimento da sociedade pelo trabalho prestado.
Na cidade de Patos, desde o início da gestão do Prefeito Nabor Wanderley – PMDB, o serviço foi terceirizado e encontra-se sendo prestado pela Empresa Locar. A Locar já teve em seus quadros mais de 100 funcionários para atender a demanda dos serviços em Patos, mas hoje existe um quadro de pouco mais de 40 agentes de limpeza e outros da coleta completando uma média de 55 funcionários. Número bastante pequeno para dar contar de uma cidade como Patos que já chega aos mais 100 mil habitantes. O avanço com a terceirização é notório, mas já foi melhor.
“A função do Gari é manter a cidade Limpa, não recolher a imundície dos mal educados”, diz um autor desconhecido. Nada mais justo que seja assim, mas é exatamente o contrário em nossos dias de pouca educação e insensibilidade social. A função do agente de limpeza já foi extremamente humilhante na cidade de Patos, mas hoje se reconhece o avanço, mesmo diante dos problemas atuais enfrentados.
Os agentes de limpeza estão representados na Paraíba pelo Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana do Estado da Paraíba – SINDLIMP – PB. O sindicato tem recebido constante reclamação de atraso no salário, atraso na cesta básica, assédio moral e uma jornada estafante de serviços, além da insalubridade pela varrição e coleta em tempos de temperatura alta na cidade de Patos.
Fontes ligadas ao próprio SINDLIMP-PB confessaram que a Prefeitura Municipal de Patos vem repassando os recursos para a LOCAR com atraso, com isso a empresa faz o mesmo com o pagamento dos salários dos agentes de limpeza que inclusive tem ligado para rádios da cidade se queixando da situação.
Um trabalho insalubre, de pouco reconhecimento social por parte da sociedade e com trabalhadores com alto grau de esforços físicos para dar conta de tão grande tarefa: limpar a sujeira criada por outros.

Jozivan Antero – Patosonline.com

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