Polícia Federal realiza Operação Narke e prende envolvidos em comércio ilegal de botox

De acordo com informações repassadas pela coordenação de comunicação da Policia Federal, foi deflagrada nesta terça-feira (3) a Operação Narke, que contou ainda com a participação  da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na oportunidade deu cumprimento a 12 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e cinco conduções coercitivas em oito estados do Brasil.
Três pessoas foram presas em flagrante em Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco. A investigação realizada buscou apurar denúncias de comercialização clandestina de toxina botulínica, o conhecido “botox”, usada para tratamentos estéticos e de saúde.
As investigações começaram há nove meses e apontaram a venda ilegal, principalmente, em estados do Nordeste, como Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. Os mandados judiciais foram contra distribuidores, profissionais de saúde e clínicas em João Pessoa (PB), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Caruaru (PE), Patos (PB), Natal (RN), Teresina (PI), Aracaju (SE) e Maceió (AL).
Em Patos, um médico, cuja identidade não foi revelada foi indiciado que supostamente fazia uso desses produtos ilícitos adquirindo-os por preços muito abaixo do valor de mercado e os pacientes pagavam pelo produto original.
O balanço dos produtos apreendidos ainda não foi divulgado. O delegado informou que a perícia no material revelou que os frascos não tinham qualquer identificação e muitos também não continham a substância na fórmula.
As investigações indicaram que as toxinas estão em circulação no mercado há pelo menos cinco anos. Sessenta e seis profissionais de saúde já foram intimados a depor. Pacientes vítimas do uso indiscriminado da substância também serão ouvidos.
Os envolvidos podem responder por crimes contra a saúde pública, contrabando e formação de quadrilha. Os acusados podem pegar pena de dez a 15 anos.
A operação contou com cerca de 80 policias em todo o Brasil. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.

Marcelino Neto

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