As quatro últimas localidades a figurarem na lista foram Lima Duarte, cidade da zona da Mata, e Juatuba, na região central, ambas atingidas por enxurradas, além de João Pinheiro (região noroeste) e Passabem (região central), municípios afetados por enchentes.
A Defesa Civil Estadual informou ter registrado a morte de duas pessoas neste novo período chuvoso, que se iniciou em outubro deste ano, e 32 se feriram.

Moradores de Belo Horizonte e região metropolitana enfrentaram chuva forte e rajadas de vento nesta quinta-feira (29). Em alguns pontos, como no centro da capital e na região da Pampulha, foi registrada queda de granizo Angelo Pettinati/O Tempo/AE
Ao todo, 391 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, precisaram sair de casa para um abrigo, e 9.320 estão desalojadas (foram encaminhadas para casa de vizinhos, parentes ou amigos).
Outro dado mostrado pelo órgão foi o total de casas destruídas pelos temporais. Até o momento, foram 82, e 2.416 apresentaram estragos estruturais.
As pontes destruídas totalizaram 45 e foram constatadas 34 com danos.
A Defesa Civil emitiu alerta de chuva forte que pode atingir a região metropolitana de Belo Horizonte e as regiões central, vale do Mucuri, Rio Doce e zona da Mata. O alerta permanece até o dia 4 de janeiro de 2012.
Conforme o órgão, baseado em dados do meteorologista Ruibran dos Reis, do Instituto Minas Tempo, uma frente fria deverá provocar chuvas com bastante intensidade. O volume esperado é de 150mm a 200mm no período.
Há a recomendação para que a população de áreas suscetíveis a esses temporais adote procedimentos que a defesa civil denominou de “comportamentos seguros”.
As instruções são para que as pessoas não transitem, a pé ou com veículos, em áreas alagadas, observem sinais de saturação de águas em encostas, e a movimentação delas, para abandonar preventivamente as moradias.
Além de não depositar nas vias públicas objetos que possam impossibilitar o escoamento das águas e chuvas.
Granizo
Belo Horizonte e algumas cidades da região metropolitana foram atingidas por forte chuva na tarde desta quinta. Segundo o centro de meteorologia da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) houve registro de queda de granizo em bairros das regiões noroeste, nordeste e na Pampulha, as mais afetadas pela tempestade.O Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a uma ocorrência de desabamento do teto de uma fábrica de colchões, no bairro Nacional, em Contagem, cidade da região metropolitana. No local, foram resgatadas quatro pessoas com ferimentos leves. No mesmo bairro, uma árvore caiu sobre uma residência, provocando o desabamento da moradia. Segundo a corporação, duas pessoas foram resgatadas pelo SAMU e não há ainda informação sobre o estado de saúde delas.
Ainda conforme a Cemig, há previsão de novo temporal para o final da tarde de hoje nas região metropolitana.
Árvores
O Corpo de Bombeiros informou ter recebido 122 ocorrências relativas a quedas de árvores, ou que estão na iminência de tombar na região metropolitana de Belo Horizonte, após a tempestade desta tarde.Segundo a corporação, os casos são avaliados pelas guarnições e, caso seja necessário, o corte é iniciado imediatamente. Na avaliação, é levado em conta o risco a pessoas, moradias, ou a interdição de vias de tráfego de veículos.
A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) ainda está fazendo levantamento de regiões que tiveram o fornecimento de energia elétrica imterrompido.
Segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, do Instituto Minas Tempo, a chuva veio acompanhada de raios e ventos que alcançaram velocidade média de 73km/h.
O bairro Nacional, em Contagem (MG), foi um dos mais atingidos pelo temporal. Segundo a Defesa Civil municipal, há casas danificadas, árvores caídas, além de postes de iluminaçã o pública que tombaram.
Demolição de prédios
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil municipal decidiram pela demolição de ao menos dois prédios que ameaçam desabar no bairro Buritis, região oeste de Belo Horizonte. A fachada de um deles caiu em razão de movimentação observada no terreno.Não há moradores nos apartamentos, que foram interditados pela Defesa Civil. Um quarto prédio está sendo monitorado e corre o risco de ser atingido pelas outras edificações, caso elas entrem em colapso. Segundo os bombeiros, um ofício será repassado ao juiz que cuida do caso, já que moradores entraram na Justiça contra as empresas responsáveis pela construção dos prédios, sugerindo a demolição imediata dos imóveis.
Rayder Bragon
Do UOL Notícias, em Belo Horizonte
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